
Ficha técnica, letras das canções e as capas dos discos,
sempre que os temas concorrentes foram editados

Canção nº 1
Título: Desfolhada
Intérprete: Simone de Oliveira
Música: Nuno Nazareth Fernandes
Letra: José Carlos Ary dos Santos
Orquestração: Joaquim Luís Gomes
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
Corpo de linho, lábios de mosto
meu corpo lindo, meu fogo posto
eira de milho, luar de Agosto
quem faz um filho, fá-lo por gosto!
É milho rei, milho vermelho
cravo de carne, bago de amor
filho de um rei que sendo velho
volta a nascer quando há calor.
Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor, amor, amor, amor, amor presente
em cada espiga desfolhada.
Minha raiz de pinho verde
meu céu azul tocando a serra
ó minha mágoa e minha sede
ó mar ao sul da minha terra.
É trigo loiro, é além Tejo
o meu país neste momento
o sol o queima, o vento o beija
seara louca em movimento.
Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor, amor, amor, amor, amor presente
em cada espiga desfolhada.
Olhos de amêndoa, cisterna escura
onde se alpendra a desventura
moira escondida, moira encantada
lenda perdida, lenda encontrada.
Ó minha terra, minha aventura
casca de noz desamparada
ó minha terra, minha lonjura
por mim perdida, por mim achada.
La lai la lai, la lai la lai, la lai la lai
La lai la lai, la lai la lai, la lai la lai.

Canção nº 2
Título: Os Fios da Esperança
Intérprete: Daniel
Música: Fernando Poitier
Letra: Fernando Vieira
Orquestração: Ferrer Trindade
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
Não te ocultes na sombra indecisa
nem receies o mundo feroz
cada sonho que em nós se enraíza
só dá flor se a raiz formos nós.
Nas águas à desfilada
uma flor brava singela
desce a vertente arrastada
por indomável estrela.
Provocar-lhe um só desvio
é remar contra a corrente
já ninguém convence o rio
a ir da foz à nascente.
Sobre o mundo alheio às flores
cantam vozes de criança
são os fios multicores
com que tecemos a esperança.
Quando o sol no horizonte desenha
rubra flor onde a esperança acontece
na geada cobrindo a montanha
arde o fogo que a todos aquece.
Nas águas à desfilada
uma flor brava singela
desce a vertente arrastada
por indomável estrela.
Provocar-lhe um só desvio
é remar contra a corrente
já ninguém convence o rio
a ir da foz à nascente.
Sobre o mundo alheio às flores
cantam vozes de criança
são os fios multicores
com que tecemos a esperança.
Provocar-lhe um só desvio
é remar contra a corrente
já ninguém convence o rio
a ir da foz à nascente.
Sobre o mundo alheio às flores
cantam vozes de criança
são os fios multicores
com que tecemos a esperança.

Canção nº 3
Título: Buscando um Horizonte
Intérprete: Tereza Paula Brito
Música: Victor Marques Dinis
Letra: António Leitão e Victor Marques Dinis
Orquestração: Joaquim Luís Gomes
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
A luz que ilumina o céu
o mar que recorta a fonte
a vida a pulsar, és tu sou eu
buscando um horizonte.
A dor quase já venceu
e o longe traz solidão
a vida responde amanheceu
acorda o teu coração.
Ainda que a alma de cansaço
pareça vergar sobre uma cruz
há sempre mais sol para os teus passos
tens sempre na vida um céu de luz.
Um sorriso, um abraço, uma esperança
a ternura de um momento de carinho
é promessa, é a lembrança, é semente que se lança
de mãos dadas é mais fácil o caminho.
O amor desenha os traços
que o destino traduz
há sempre mais sol para os teus passos
tens sempre na vida um céu de luz.
Há sempre mais sol para os teus passos
tens sempre na vida um céu de luz
um céu de luz.

Canção nº 4
Título: Flor Bailarina
Intérprete: Lilly Tchiumba
Música: Maria Guiomar Garcia
Letra: António Leitão
Orquestração: Joaquim Luís Gomes
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
Colhi uma flor no pátio da escola
beijei-lhe a corola tornou-se maior
depois dá-lhe a brisa nas pétalas mansas
e a flor improvisa um ramo de danças.
Só morre quem nega na vida o amor
a mim já me alegra colher uma flor.
Colhi uma rosa no pátio florido
beijei-lhe o sentido tornou-se mimosa
depois dá-lhe o vento num riso de infância
e a rosa é um lento bailar de fragrância.
Só morre quem nega na vida o amor
a mim já me alegra colher uma flor.
Manhã desejada que o d'oiro menino
já traz o destino na luz que desperta
e eu sigo o meu rumo sei lá de que passos
com flores perfumo o meu sonho de abraços.
Só morre quem nega na vida o amor
a mim já me alegra colher uma flor.
Manhã desejada que o d'oiro criança
já traz a esperança na luz acordada
e eu sigo o meu rumo sei lá de que passos
com flores perfumo meu sonho de abraços.
Só morre quem nega na vida o amor
a mim já me alegra colher uma flor.

Canção nº 5
Título: Sol da Manhã
Intérprete: Valério Silva
Música: Manuel Viegas
Letra: Manuel Viegas
Orquestração: Manuel Viegas
Dir. de Orquestra: Manuel Viegas
Vídeo: aqui
O sol da manhã
brilhou mais uma vez
só eu o fui esperar
sim fui só eu e mais ninguém.
A noite acabou
não voltará talvez
o sol chegou
é meu também.
Quero dizer àqueles que me condenam
a olhar o céu infinito
quero encontrar ainda mais horizontes
em que tão pouco acredito
quero negar o ódio que ainda sinto
cada dia cá dentro
o mundo em meus braços prender
quero viver.
O sol da manhã
é luz que vem trazer
a paz que alguém pediu
e a vida tem, mas não lhe dá.
Nova esperança vem
e a noite hei-de esquecer
pois de manhã
o sol virá.
Quero dizer àqueles que me condenam
a olhar o céu infinito
quero encontrar ainda mais horizontes
em que tão pouco acredito
quero negar o ódio que ainda sinto
cada dia cá dentro
o mundo em meus braços prender
quero viver.
O sol da manhã
é luz que vem trazer
a paz que alguém pediu
e a vida tem, mas não lhe dá.
Nova esperança vem
e a noite hei-de esquecer
pois de manhã
o sol virá,
o sol virá,
o sol virá.

Canção nº 6
Título: Canção Para Um Poeta
Intérprete: Madalena Iglésias
Música: Carlos Canelhas
Letra: Maria Amália Ortiz da Fonseca
Orquestração: Adolfo Ventas
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
Poeta que tiveste
tal como eu
mundos de versos
que ninguém sonhou.
Fosse eu a sombra desenhada
que do mundo se perdeu
e algum dia em teus versos
se encontrou.
Poeta irmão do livro
que ninguém leu
feito de versos
onde alguém passou.
Fosse eu a flor mais delicada
que do mundo se perdeu
e algum dia em teus versos
se encontrou.
Não digas não à vida que criaste
não digas não, não digas não
em cada verso à vida te entregaste
e a vida cabe inteira em tua mão.
Poeta que ninguém
compreendeu
e em silêncio
à sorte renegou.
Fosse eu a fé transfigurada
que do mundo se perdeu
e algum dia em teus versos
se encontrou.
Não digas não ao sonho que te abrasa
não digas não, não digas não
pois cada sonho é chama sem ser brasa
e o sonho cabe inteiro em tua mão.
E o sonho cabe inteiro em tua mão
e a vida cabe inteira em tua mão.

Canção nº 7
Título: Sombra de Ninguém
Intérprete: Artur Garcia
Música: António Andrade
Letra: António José
Orquestração: Tavares Belo
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
Uma sombra somente eu serei
e quem me vê passar
jamais me vai chamar
meu nome quem o sabe, só eu.
Uma sombra somente eu serei
mais livre mas também
mais só que ninguém
não sei quem sou eu.
Sou cruz que não tem fé
e o mar onde a maré
desceu um dia
p’ra não subir mais.
Um sol que se escondeu
na bruma se envolveu
a minha sombra e eu
somos iguais.
No jeito em que fiquei
por vezes nem eu sei
qual é a sombra não,
nem eu sei bem.
Bandeira sem nação
será meu coração
que nunca será
sombra de ninguém.
Bandeira sem nação
será meu coração
que nunca será
sombra de ninguém.
Bandeira sem nação
será meu coração
que nunca será
sombra de ninguém.

Canção nº 8
Título: Tenho Amor Para Amar
Intérprete: Duo Ouro Negro
Música: João Maria Tudella e Fernando Alvim
Letra: João Maria Tudella
Orquestração: Joaquim Luís Gomes
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
Tenho o mar para navegar
tenho o sol p’ra me aquecer
tenho o luar p’ra me guiar
tenho vida para viver.
Tenho Deus para adorar
tenho fontes para beber
tenho oiro para comprar
tenho trigo para colher.
Tenho amor para dar
só não tenho,
só não tenho
a quem amar.
Tenho amor para amar
só não tenho
a quem amar.
Tenho o mar para navegar
tenho o sol p’ra me aquecer
tenho Deus para adorar
tenho fontes para beber.
Tenho amor para dar.
Tenho o luar p'ra me guiar
tenho vida para viver
tenho oiro para comprar
tenho trigo para colher.
Tenho amor para dar
só não tenho
a quem amar,
a quem amar,
a quem amar.

Canção nº 9
Título: Cantiga
Intérprete: Fernando Tordo
Música: José Firmino Morais Soares
Letra: José Henrique Rodrigues Dias
Orquestração: Joaquim Luís Gomes
Dir. de Orquestra: Ferrer Trindade
Vídeo: aqui
Senhora se vos não vejo
meu coração desfalece
e a vida me parece
não ter galardão e desejo.
Que por vos saber velida
senhora de meu segredo
fico a pedir à vida
queira Deus que venha cedo.
La la la la la la la la la la la la la,
La la la la la la la la la la la la la,
La la la la la la la la la la la la la,
La la la la la la la la la la la la la.
Quer a fortuna que seja
para mim desventurado
o dia em que vos não veja
senhora de meu cuidado.
Fazei por vossa ventura
que meu viver seja ledo
e dizei-me com brandura
queira Deus que venha cedo.
La la la la la la la la la la la la la,
La la la la la la la la la la la la la,
La la la la la la la la la la la la la,
La la la la la la la la la la la la la.
O vento do Norte, do Norte soprava
o Norte era frio, o vento gelava
o resto de esperança do Norte soprava
e a gente partia gelada, gelada.
O vento do Norte na alma zunia
a morte na alma, o homem partia
o Norte era a sorte de um sonho frustrado
e o homem seguia gelado, gelado.
O Norte é a sorte, a sorte ou a morte
caminhando ao Norte, o Norte é voltar
o vento do Norte, tão frio, tão forte
o vento do Norte, a mãe a chorar.
Não chores, não chores
a sorte é o Norte
a sorte é partir
que o Norte é voltar.
O vento do Norte, do Norte soprava
o Norte era frio, a gente chegava
o resto da esperança teimosa aparecia
e um homem chegando sorria, sorria.
Há sempre uma esperança virada p’ró Norte
o Norte é a vida, p’ra trás é a morte
há sempre uma estrela num pouco de azul
e o norte dos fortes é Norte ou é Sul.
O Norte é a sorte, a sorte ou a morte
a sorte é viver, viver é lutar
o vento do Norte zunia, zunia
o homem sorria, a mãe a chorar.
Não chores, não chores
a sorte é o Norte
a sorte é saber
que o Norte é lutar.
Não chores, não chores
a sorte é o Norte
a sorte é saber
que o Norte é viver.
Não chores, não chores
a sorte é o Norte
a sorte é saber
que o Norte é viver
viver é lutar, viver é lutar.
Observação: As letras aqui publicadas foram retiradas das versões originais apresentadas no respetivo festival, quando estas existem.