
Ficha técnica, letras das canções e as capas dos discos,
sempre que os temas concorrentes foram editados

Canção nº 1
Título: Escrevo às Cidades
Intérprete: Fernando Tordo
Música: Fernando Tordo e Jaime Queimado
Letra: Vítor Manuel de Oliveira Jorge
Orquestração: Jorge Machado
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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Em sete cartas
escrevo às cidades
se me despeço
fiquem as palavras.
Cada vez mais casas
cada vez mais gente
crescem as cidades
dentro de ameias
onde ainda o espaço
para sorver o sol.
Escrevo às cidades
de torres herdadas
e de homens novos
com suas verdades.
Cada vez mais casas
cada vez mais gente
crescem as cidades
dentro de ameias
onde ainda o espaço
para sorver o sol.
Por isso escrevo às cidades e vejo
já esses barcos e rotas,
por isso escrevo às cidades e deixo
estas palavras e a luz.
Em sete cartas
escrevo aos jovens
e embora em viagem
ficarei com eles.
Sempre mais bandeiras
novas intenções
crescem as cidades
dentro de ambições
escasseia o tempo
para o mesmo sol.
Em sete cartas
escrevo às cidades
se me despeço
fiquem as palavras.
Cada vez mais casas
cada vez mais gente
crescem as cidades
dentro de ameias
onde ainda o espaço
para sorver o sol
sol, sol.

Canção nº 2
Título: Então Dizia-te
Intérprete: Duarte Mendes
Música: Fernando Tordo e Jaime Queimado
Letra: Vítor Manuel de Oliveira Jorge
Orquestração: Jorge Machado
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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Durante a noite ou durante o dia
sobre a água, sobre o pão
tal como esse céu que me envolvia
pousavas na minha mão.
Em ti conhecia a feliz semente
a colheita do meu tojo
a candura em que era menino
o sangue aceso no corpo.
Então dizia-te és a minha casa
a árvore que tudo sustenta
és a casa cheia e o jardim
de paz e frescura entreabertas.
Durante a noite ou durante o dia
sobre a água, sobre o pão
tal como esse céu que me envolvia
pousavas na minha mão.
E então,
então dizia-te és essa colina
em que demora o intenso fulgor
fica junto a mim e permaneces
até de novo o campo dar flor,flor.

Canção nº 3
Título: Canção de Madrugar
Intérprete: Hugo Maia de Loureiro
Música: Nuno Nazareth Fernandes
Letra: José Carlos Ary dos Santos
Orquestração: Thilo Krasmann
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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De linho te vesti
de nardos te enfeitei
amor que nunca vi
mas sei.
Sei dos teus olhos acesos na noite
sinais de bem despertar
sei dos teus braços abertos a todos
que morrem devagar.
Sei meu amor inventado que um dia
teu corpo pode acender
uma fogueira de sol e de fúria
que nos verá nascer.
Irei beber em ti
o vinho que pisei
o fel do que sofri
e dei.
Dei do meu corpo um chicote de força
rasei meus olhos com água
dei do meu sangue uma espada de raiva
e uma lança de mágoa.
Dei do meu sonho uma corda de insónias
cravei meus braços com setas
descobri rosas, alarguei cidades
e construí poetas.
E nunca te encontrei
na estrada do que fiz
amor que não logrei
mas quis.
Sei meu amor inventado que um dia
teu corpo pode acender
uma fogueira de sol e de fúria
que nos verá nascer.
Então
nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
nem farsas, nem forcas, nem farpas, nem feras,
nem ferros, nem cardos, nem dardos, nem trevas,
nem gritos, nem pedras, nem facas, nem fomes,
nem secas, nem farsas, nem forcas, nem farpas,
nem feras, nem ferros, nem cardos, nem dardos,
nem mal.

Canção nº 4
Título: Velho Sonho
Intérprete: Artur Rodrigues
Música: Andrade e Silva
Letra: Andrade e Silva
Orquestração: Rocha Oliveira
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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Quero ter a minha casa
no alto do monte.
Quero ter a minha casa
no alto do monte.
Quero ver da minha casa
para além do horizonte.
Dentro dela terei paz
cercado dum alto muro
a guardar o meu passado
a proteger o futuro.
Velho sonho de rapaz
o presente em meu redor
fazer com ela noivado
viver com ela o pior.
Quero ter a minha casa
e dentro dela ser eu
quero ver da minha casa
o mundo que não nasceu.
Dentro dela terei paz
cercado dum alto muro
a guardar o meu passado
a vigiar o futuro.
Velho sonho de rapaz
o presente em meu redor
fazer com ela noivado
viver com ela o pior.
Quero ter a minha casa
e dentro dela ser eu
quero ver da minha casa
o mundo que não nasceu.
Quero ter a minha casa.

Canção nº 5
Título: Verdes Trigais
Intérprete: Intróito
Música: Fernando Poitier
Letra: Fernando Vieira
Orquestração: Thilo Krasmann
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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Passaste por mim à uma
às seis de amor já te perdes
não dá bom fogo a caruma
dos pinheiros que estão verdes.
Não queiras tomar sabor
às mágoas do coração
um só desgosto de amor
amarga mais que um limão.
Ceifeiras que ceifastes
nos verdes trigais
com que tristeza alegre
à volta inda cantais.
Em rancho, tal o rio
que não corre em vão
a esperança que ceifastes
é flor na vossa mão.
Sou do povo não me iludo
sou de pequena semente
olha que o trigo miúdo
mata a fome a muita gente.
Em noite de ventania
falámos os dois sem medo
agora o vento assobia
o que era o nosso segredo.
Ceifeiras que ceifastes
nos verdes trigais
com que tristeza alegre
à volta inda cantais.
Em rancho, tal o rio
que não corre em vão
a esperança que ceifastes
é flor na vossa mão.
Ceifeiras que ceifastes
nos verdes trigais
com que tristeza alegre
à volta inda cantais.
Em rancho, tal o rio
que não corre em vão
a esperança que ceifastes
é flor na vossa mão.

Canção nº 7
Título: A Voz do Chão
Intérprete: Rute
Música: Jaime Filipe e Victor Campos
Letra: Francisco Nicholson
Orquestração: Victor Campos
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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Este chão rapaz que é o teu
não é chão, falaz ou labéu
amanhã o que der
serás tu a colher.
Cria o chão rapaz que descrês
roubarás voraz aridez
e amanhã o que der
serás tu a colher.
As tuas mágoas serão águas
que vão correr pelas serras
levando às terras tua fé
aluvião tua coragem irá espalhar
veloz a voz do teu chão.
As tuas mágoas serão águas
que vão correr pelas serras
levando às terras tua fé
aluvião tua coragem irá espalhar
veloz a voz do teu chão.
Este chão rapaz tu não vês
arde em querer dar fruto outra vez
e amanhã o que der
serás tu a colher.
Este chão rapaz que foi meu
acharás o que não me deu
e amanhã o que der
serás tu a colher.
As tuas mágoas serão águas
que vão correr pelas serras
levando às terras tua fé
aluvião tua coragem irá espalhar
veloz a voz do teu chão.
As tuas mágoas serão águas
que vão correr pelas serras
levando às terras tua fé
aluvião tua coragem irá espalhar
veloz a voz do teu chão.

Canção nº 6
Título: Onde Vais Rio Que Eu Canto
Intérprete: Sérgio Borges
Música: Nóbrega e Sousa
Letra: Joaquim Pedro Gonçalves
Orquestração: Joaquim Luís Gomes
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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Onde vais rio que eu canto
quero ver teu novo Norte
lá no cais p'ra onde vais
mãos de vida não de morte.
Vai no mar barco à vela
vai de paz se abastecer
mais além barco veleiro
flor da vida vai colher.
Onde vais rio que eu canto
nova luz já te alumia
lá no cais p'ra onde vais
nasce amor dia após dia.
Voa, voa ó gavião
sobre o mar do teu senhor
que no cais p'ra onde vais
não há raiva mas amor.
Vai no mar barco à vela
vai de paz se abastecer
mais além barco veleiro
flor da vida vai colher.
Onde vais rio que eu canto
nova luz já te alumia
lá no cais p'ra onde vais
nasce amor dia após dia.
Onde vais rio que eu canto
nova luz já te alumia
lá no cais p'ra onde vais
nasce amor dia após dia.
Canção nº 8
Título: Adeus Velha Amada
Intérprete: Duo Orpheu
Música: Pedro Osório
Letra: José Alberto Diogo
Orquestração: Pedro Osório
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
Vídeo: aqui

Agora que parto p’ra longa jornada
jamais voltarei àquela morada,
àquela morada que não mais verei
adeus velha amada, não mais voltarei.
Caminho agora à toa sem rumo
erguendo no ar castelos de fumo
em busca de paz que sempre sonhei
adeus velha amada, não mais voltarei.
P’ra quê recordar momentos de outrora
se tudo acabou e me vou embora
p’ra quê reviver o tempo passado
não posso nem quero estar mais a teu lado.
E aquela morada batida p’lo vento
vai ser esquecida sem mais um lamento
que peso meu Deus de cima tirei
adeus velha amada, não mais voltarei.
P’ra quê recordar momentos de outrora
se tudo acabou e me vou embora
p’ra quê reviver o tempo passado
não posso nem quero estar mais a teu lado.
E aquela morada batida p’lo vento
vai ser esquecida sem mais um lamento
que peso meu Deus de cima tirei
adeus velha amada, não mais voltarei.
Adeus velha amada, não mais voltarei
adeus velha amada, não mais voltarei
adeus velha amada, não mais voltarei,
não mais voltarei.

Canção nº 9
Título: Corre Nina
Intérprete: Paulo de Carvalho
Música: Pedro Osório
Letra: José Carlos Moura Portugal Sobral
Orquestração: Pedro Osório
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
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Corre nina
menina prendada
p’ra quem do nada
lá vem.
Corre nina
saia arrebitada
que bem mimada
lá vem.
Nem dores, nem poemas
só deseja favores
das flores de andorinha
do mar e mais amores
do chiar da carrinha
só deseja favores.
Corre nina
menina prendada
p’ra quem do nada
lá vem.
Corre nina
menina prendada
p’ra quem do nada
lá vem.
Corre nina
saia arrebitada
que bem mimada
lá vem.
Quem for pela vida
pelo reino do amor
quem for ser rainha
mal que vem é favor
mas que coisa mesquinha
quem é rei e senhor.
Corre nina
olhar de esperança
que sem lembrança
lá vem.

Canção nº 10
Título: Folhas Verdes
Intérprete: Maria da Glória
Música: Carlos Canelhas
Letra: António de Sousa Freitas
Orquestração: Joaquim Luís Gomes
Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
Vídeo: aqui
Enquanto houver solidão
as folhas verdes não caem
as folhas verdes não caem
enquanto houver solidão.
E as esperanças que se traem
são renovadas esperanças
num sorriso das crianças
que a si os sonhos atraem.
As folhas verdes não caem
nem serão mais folhas verdes.
A vida espera da morte
os sonhos não concluídos
os sonhos não concluídos
que a vida espera da morte.
Alerta estão os sentidos
para os gestos e destinos
que se escondem nos meninos
em nós há muito escondidos.
As folhas verdes não caem
nem serão mais folhas verdes.
As folhas verdes não caem
se o amor não regressar
se o amor não regressar
as folhas verdes não caem.
Porque a esperança permanece
em cada vida parada
e a hora só amanhece
se tivermos madrugada.
As folhas verdes não caem
nem serão mais folhas verdes.
Observação: As letras aqui publicadas foram retiradas das versões originais apresentadas no respetivo festival, quando estas existem.