NA EUROVISÃO
Com referimos anteriormente na secção Informação este foi o primeiro ano em que a RTP disse não ao Eurofestival. Todavia, Portugal não esteve só, na medida em que mais três países tomaram a mesma decisão: Finlândia, Noruega e Suécia.
O motivo destes países escandinavos prendeu-se com o sistema de votação, até então vigente, que permitiu em 1969 a vitória de quatro canções.
Portugal teve uma razão acrescida para não participar que foi a enorme injustiça feita à nossa canção no ano anterior, facto este admitido por várias personalidades e órgãos de comunicação social internacionais.
A opinião pública portuguesa esteve de acordo com a decisão da RTP porque ninguém conseguiu esquecer a profunda injustiça feita à Desfolhada e a Simone de Oliveira.
Apesar de Portugal estar ausente do Eurofestival que teve lugar na Holanda, a 21 de Março, a RTP decidiu fazer o Festival da Canção que aconteceu em Lisboa, a 22 de Maio, ou seja, dois meses depois do Festival da Eurovisão, o que permitiu que alguns dos participantes nesse Eurofestival fossem convidados especiais no nosso Festival da Canção, foram eles:
A vencedora do ESC 1970 e representante da Irlanda, Dana;
O representante de Espanha, Julio Iglesias;
As representantes dos Países Baixos, The Hearts of Soul.
Sérgio Borges que se tinha classificado em 2º lugar no Festival da Canção de 1966, com Eu nunca direi adeus, venceu este ano, mas mesmo assim a Eurovisão voltou a ficar longe para ele.
Este intérprete viria a ter a sua última participação nos festivais em 1986, com o tema Quebrar a distância que não foi uma das três canções mais bem classificadas.