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Ficha técnica, letras das canções e as capas dos discos

sempre que os temas concorrentes foram editados

 

Canção nº 1
Título: A Rapariga e o Poeta
Intérprete: Tonicha
Música: José Calvário

Letra: José Niza

Orquestração: José Calvário

Dir. de Orquestra: José Calvário
Vídeo:  aqui

Poeta amigo,

parto contigo

nosso degredo

fica em segredo.

Adeus ao mundo!...

venham cantores

descobrir a ilha dos Amores!

sofreste o livro

de um povo ao vivo!

viveste à sorte

sorriste à morte!

brigaste vidas

calaste dores

mas nunca temeste adamastores!

História a contar,

mundo a correr,

mulheres a amar,

e a esquecer, a encontrar,

a perder, a inventar!

fúrias de mar,

gestos de amor,

beber, lutar,

com quem for,

naufragar, renascer e a cantar!

sofreste o livro

de um povo ao vivo!

viveste à sorte

sorriste à morte!

brigaste vidas,

calaste dores,

mas nunca temeste adamastores!

história a contar,

mundo a correr,

mulheres a amar,

e a esquecer, a encontrar,

a perder, a inventar!

fúrias de mar,

gestos de amor,

beber, lutar,

com quem for,

naufragar, renascere a cantar!

a cantar!

Canção nº 2
Título: Menina de Luto
Intérprete: Mini pop
Música: Carlos Canelhas

Letra: António de Sousa Freitas

Orquestração: Thilo Krassmann

Dir. de Orquestra: Thilo Krassmann
Vídeo:  aqui

Menina bonita

sem rosas na boca

menina tristeza

de vida tão pouca

menina bonita

deixada na vida

em mágoas e sonhos perdida

em sonhos perdida,

perdida na rua

menina tristeza

tão cheia de lua

tão cheia de lua

mas de alma vazia

menina sem noite,

nem dia

canta, canta

menina tristeza

chama-te a liberdade

menina bonita

sem canto e cuidado

mas não sejas nunca saudade

canta, canta

menina tristeza

chama-te a liberdade

menina bonita

sem cantico e ave

mas não sejas nunca saudade

menina  tristeza

sem rosas na boca

menina bonita

de vida tão pouca

tão cheia de lua

mas de alma vazia

menina sem noite

nem dia

canta, canta

menina tristeza

chama-te a liberdade

menina bonita

sem cantico e ave

mas não sejas nunca saudade

canta, canta

menina tristeza

chama-te a liberdade

menina bonita

sem cantico e ave

mas não sejas nunca saudade

Canção nº 3
Título: Tourada
Intérprete: Fernando Tordo
Música: Fernando Tordo

Letra: José Carlos Ary dos Santos

Orquestração: Pedro Osório

Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto
Vídeo:  aqui

Não importa sol ou sombra

camarotes ou barreiras

toureamos ombro a ombro as feras

ninguém nos leva ao engano

toureamos mano a mano

só nos podem causar dano esperas

entram guizos, chocas e capotes

e mantilhas pretas

entram espadas, chifres e derrotes

e alguns poetas

entram bravos, cravos e dixotes

porque tudo o mais são tretas

entram vacas depois dos forcados

que não pegam nada

soam bravos e olés dos nabos

que não pagam nada

e só ficam os peões de brega

cuja profissão não pega

com bandarilhas de esperança

afugentamos a fera

estamos na praça

da primavera

nós vamos pegar o mundo

pelos cornos da desgraça

e fazemos da tristeza graça

entram velhas doidas e turistas

entram excursões

entram benefícios e cronistas

entram aldrabões

entram marialvas e cronistas

entram galifões de crista

entram cavaleiros à garupa

do seu heroísmo

entra aquela música maluca

do passodoblismo

entra a aficcionada e a caduca

mais o snobismo... e cismo!

entram empresários moralistas

entram frustrações

entram antiquários e fadistas

e contradições

e entra muito dólar, muita gente

que dá lucro aos milhões

e diz o inteligente

que acabaramas canções

Canção nº 4
Título: Minha Senhora das Dores
Intérprete: Luís Duarte
Música: Fernando Tordo

Letra: José Carlos Ary dos Santos
Orquestração: Pepe Nieto

Dir. de Orquestra: Pepe Nieto

Vídeo:  aqui

Senhora que me pariste

como se eu fosse ninguém

nunca mais tão triste viste

homem nenhum por alguém,

a não ser o que resiste

à força de não ter mãe.

senhora por vós eu pertenço

ao mundo que trago perdido

senhora por vós eu ofendo

meu amo, patrão e amigo.

senhora por vós eu defendo

o mal do qual eu contradigo

o bem de morrer

amando e sofrendo

falando e esperando castigo,

senhora por vós eu invento

o canto que trago cativo

senhora por vós eu intento

depois de morrer ficar vivo.

senhora tão cheia de pranto

senhora tão cheia de graça

que até já nem sei

se a força do canto

me leva à paixão ou à farsa.

senhora da vida que eu tenho

senhora da morte que eu haja

tomara eu ter o tamanho

de todas as coisas que eu seja.

de todas as coisas que eu sinto

de todas as coisas que eu escrevo

por isso senhora

cantando desminto

as contas que pago a quem devo.

senhora de olhos magoados

minha senhora da força

prefiro morrer

cortado aos bocados

do que descobrir que estás morta.

senhora da minha força

semente da minha vida

cada palavra que eu digo

traz um filho na barriga

pelas dores que tu tiveste

obrigado minha amiga...

 

Canção nº 5
Título: É Por Isso Que Eu Vivo
Intérprete: Paco Bandeira

Música: Paco Bandeira

Letra: José Carlos Ary dos Santos
Orquestração: Igor Raymond

Dir. de Orquestra: Igor Raymond

Vídeo: aqui 

Eu sou a palavra lavrada e aberta

eu sou a raiz

eu sou a garganta de um homem que fala

e sabe o que diz

eu sou o silêncio das trevas que penso

das coisas que digo

sou filho do tempo, sou fúria do vento,

sou força do trigo

ai eu sou terra sou mágoa,

sou ventre, sou água

sou princípio e fim

ai não me falem em pranto,

não me rasguem o canto,

não me arranquem de mim

ah se eu pudesse ser tudo

ser morto, ser vivo, ser fogo, ser linho

ah se eu pudesse ser corpo, ser alma

ser fruto, ser pão e ser vinho

eu sou a semente que morre e se queima

e nem chega a nascer

eu sou o poeta que nasce da terra

com tudo a dizer

se digo, se canto, se falo, se mordo

se tardo é por mim

eu sou a demora do tempo que chora

por dentro do fim

ai a distância que vai

do celeiro ao tear

do cantar ao ceifeiro

ai a diferença que tem o luar

quando vem sob um céu de janeiro

ah como sinto vontade

em lavrar o meu corpo

em secar meu pranto

ah como sinto a verdade

ceifando meu trigo

mondando meu espanto

é por isso que eu digo

que sou forte e estou vivo

é por isso que eu sigo

é por isso que eu canto

eu sou terra sou mágoa

sou ventre sou água

sou princípio e fim

Canção nº 6
Título: Semente
Intérprete: Paulo de Carvalho

Música: Fernando Guerra

Letra: José Carlos Ary dos Santos
Orquestração: Thilo Krassmann

Dir. de Orquestra: Thilo Krassmann

Vídeo: aqui

A partir de um corpo que eu invento

teus cabelos livres são o lento

sopro do vento dentro de nós

afastamento de estarmos sós

a partir de um vento que eu conheço

teu olhar aberto é o começo

onde amanheço, onde me espero

onde anoiteço mas quero

mostrar numa canção

meu coração de fogo e ferro

dizer de uma acentada

toda a palavra desejada

mostrar numa canção

meu coração de fogo e ferro

dizer de uma acentada

toda a palavra desejada

a partir do corpo da verdade

invento meu amor minha saudade

corpo de vento fome de vinho

pão de centeio e tormento

barrado com amizade

e amassado com sofrimento

semente de amor calado

por resistir ou por morrer

mostrar numa canção

toda a palavra por dizer

semente lançada ao chão

por resistir ou por morrer

mostrar numa canção

toda a palavra por dizer

semente lançada ao chão

por resistir ou por morrer

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Canção nº 7
Título: Cantiga
Intérprete: Improviso

Música: João Rafael

Letra: João Rafael
Orquestração: Thilo Krassmann

Dir. de Orquestra: Thilo Krassmann

Vídeo: aqui

O chico marca tem asas libertem o amor

que com arados nas asas se combate a dor

no sonho não cresce espiga

com grãos de saudade

que no amor se aprende

a força da serenidade

amor é fogo que arde

é força de quem nasceu

vitória que vai vencida

nos olhos de quem venceu

amor é fogo que arde

é força de quem nasceu

vitória que vai vencida

nos olhos de quem venceu

deixa livre quem tem asas

ganharás amor

ata um arado nas asas

para ceifares a dor

aceita-te forte e fraco

dando ao vento a vela

se não és leme sem barco

és pintor sem tela

amor é fogo que arde

é força de quem nasceu

vitória que vai vencida

nos olhos de quem venceu

amor é fogo que arde

é força de quem nasceu

vitória que vai vencida

nos olhos de quem venceu

amor é fogo que arde

é força de quem nasceu

vitória que vai vencida

nos olhos de quem venceu

 

 

 

Canção nº 7
Título: Gente
Intérprete: Duarte Mendes

Música: José Calvário

Letra: José Niza
Orquestração: José Calvário

Dir. de Orquestra: José Calvário

Vídeo: aqui

Rasgar a terra em verde e pão

ao seu amigo dar a mão

sonhar o perigo dizer não,

não e saber sempre a razão

crestar ao sol tremer de frio

não embarcar qualquer navio

semear uvas ser o vinho

e saber sempre o caminho

gente que vive e sofre e faz

trigo e amor

com suor

gente que espera e é capaz

de calar,

de esquecer,

de cantar outra vez

rasgar a terra em verde e pão

ao seu amigo dar a mão

sonhar o perigo dizer não,

não e saber sempre a razão

crestar ao sol tremer de frio

não embarcar qualquer navio

semear uvas ser o vinho

e saber sempre o caminho

gente que vive e sofre e faz

trigo e amor

com suor

gente que espera e é capaz

de calar,

de esquecer,

de cantar outra vez

Canção nº 9
Título: Carta de Longe
Intérprete: Fernando Tordo

Música: Fernando Tordo

Letra: José Carlos Ary dos Santos
Orquestração: Pedro Osório

Dir. de Orquestra: Jorge Costa Pinto

Vídeo: aqui

Eu hoje morri tão longe

mas ontem estava tão perto

um homem quando não foge

parece quase um deserto,

que estando longe está perto

daquilo que vem mais cedo

a morte não temo,

não tremo de medo

que venha o silêncio,

que venha o degredo

não serei cativo,

não direi segredo, vivo!

eu vivo da seiva,

eu vivo da força

que trago escondida,

ou ternura, ou corça

de tão perseguida

condenada à forca

morrida! morrida,

mas nunca morta

triste, mas não vencida

a morte não bate à porta

de quem morreu pela vida

eu trago no peito

a rosa vermelha

da nossa carícia

da minha centelha

a pétala de ontem

a música de hoje

perfeita!

perfeita, mas sempre igual

rosa de um tédio total

invento a ternura

renego a desgraça

eu sou o instante

que o tempo ultrapassa

eu sou o mirante

do Largo da Graça

mas desde a infância

tão longe da raça

que já me esqueci

dos gritos da praça

e vejo a saudade

por uma vidraça

que põe a cidade

vestida de caça

que põe a cidade

vestida de caça

Canção nº 10
Título: Apenas o Meu Povo
Intérprete: Simone de Oliveira

Música: Fernando Tordo

Letra: José Carlos Ary dos Santos
Orquestração: Igor Raymond

Dir. de Orquestra: Igor Raymond

Vídeo: aqui

Quem disse que morreu a madrugada?

quem disse que esta noite foi perdida?

quem pôs na minha alma magoada

as palavras mais tristes que há na vida?

quem me disse saudade em vez de amor?

quem me disse tristeza em vez de esperança?

quem me lançou a pedra do terror

matando o cantador e a criança?

quem fez da minha espera desespero?

quem fez da minha sede temperança?

E quem me dando tudo quanto eu quero

da minha tempestade fez bonança?

quem amainou os ventos do meu corpo

e saciou o mar da minha fome?

quem foi que me venceu depois de morta

e soletrou as letras do meu nome?

quem foi que me fez serva sem servir?

quem foi que me fez escrava sem querer?

quem foi que disse que eu podia ir

tão longe quanto nós podemos ser?

apenas quem me viu calada e triste

e despertou em mim um mundo novo

apenas a esperança que resiste

apenas o meu sangue,

apenas o meu povo

apenas a esperança que resiste

apenas o meu sangue,

apenas o meu povo

Observação: As letras aqui publicadas foram retiradas das versões originais apresentadas no respetivo festival, quando estas existem.

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